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Sintomas de ansiedade e depressão na clínica geral

A finalidade desse estudo é identificar sintomas depressivos ou de ansiedade em pacientes da clínica geral e verificar o impacto desses sintomas no curso da doença.
Métodos - 500 adultos da clínica geral com queixas principais não psiquiátricas foram avaliados para ansiedade e depressão segundo critérios norte-americanos de transtornos mentais. As avaliações psiquiátricas fora feitas na primeira entrevista clínica, duas semanas e três meses depois.
Resultados - sintomas depressivos e de ansiedade estavam presentes em 29% dos pacientes. Relacionaram-se a esses sintomas acontecimentos estressantes recentes e múltiplos sintomas físicos (seis ou mais sintomas). Quanto a percepção do próprio paciente a respeito de sua doença, aqueles que se consideravam com doenças graves ou fracos de saúde também apresentaram maior incidência desses sintomas. Por fim, os pacientes com menos de 50 anos de idade apresentaram mais sintomas de ansiedade e depressão.
Conclusão - Os sintomas de ansiedade e depressão estão relacionados a expectativas negativas por parte dos pacientes em relação a própria doença.

Última Atualização: 28-10-2004
Referências Biblio.:
Am J Med; 1997 103(5):339-47,
Depressive and anxiety disorders in patients presenting with physical complaints: clinical predictors and outcome

Transtornos de Ansiedade nos Pacientes da Clínica Geral

Tem sido verificado aproximadamente 12% de incidência de transtornos de ansiedade nos pacientes da Clínica Geral. Dentre os pacientes com diabetes, hipertensão arterial ou cardiopatias essa taxa é um pouco maior: 15%. A finalidade desse trabalho é aprofundar no estudo desse tema.
Método - 2494 pacientes da clínica geral em 3 cidades americanas, com diabetes, hipertensão, cardiopatias e depressão em atividade ou subliminar foram estudados.
Resultados - Detectou-se as seguintes taxas:
Pânico - 1 a 1,7% dos pacientes sofriam com transtorno do pânico e 1,5 a 3,5% já haviam tido esse problema anteriormente. Os pacientes com depressão apresentaram taxas de pânico bem mais elevadas: 9,4 a 10,4%.
Ansiedade Generalizada - 10,4 a 12,4% desses pacientes e em 25 a 54% dos pacientes deprimidos. 14 a 66% dos pacientes tinham algum transtorno de ansiedade e desses 55 a 73% achavam que esses problemas não haviam sido detectados.
Conclusão - Os transtornos de ansiedade especialmente a ansiedade generalizada pode coexistir estão fortemente presentes entre os pacientes da clínica médica e muitas vezes não são sequer detectados. Os pacientes deprimidos estão mais sujeitos a transtornos de ansiedade como já se sabia. Os clínicos devem avaliar as condições mentais de seus pacientes, especialmente nas situações citadas.

Referências Biblio.: Arch Fam Med 1996 5:27-34;
Prevalence of Comorbid Anxiety Disorders in Prynary Care Outpatients