Transtorno
Obsessivo-Compulsivo na Infantil Transtornos relacionados por semelhança ou classificação |
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Generalidades
O transtorno obsessivo-compulsivo na infância ou na adolescência
não é distinto do transtorno obsessivo-compulsivo no adulto, contudo
existem algumas peculiaridades que tornam vantajoso abordar esse tema separadamente.
Para a consulta das definições aconselhamos que os interessados
abram as páginas referentes ao transtorno
obsessivo-compulsivo.
Características
Nos levantamentos bibliográficos verificamos que como sintomas mais comuns
as obsessões de contaminar-se, medo de ferir-se ou ferir aos outros,
medos sexuais e religiosos. As compulsões mais comuns são as de
lavagem das mãos, repetições, checagem e rituais de tocar
objetos e pessoas. Na infância as compulsões comumente precedem
as obsessões, ao contrário do adulto, existindo um intervalo de
aproximadamente 1,6 anos entre os sintomas obsessivos e os compulsivos em pacientes
com menos de dez anos de idade. É importante diferenciar os sintomas
de repetição das repetições normais da idade. Entre
dois e quatro anos as repetições fazem parte do desenvolvimento;
certos rituais também fazem parte, como a ordem de execução
de certas tarefas antes de dormir. A partir dos seis anos os rituais podem ser
vividos em grupos e certas supertições surgem e acabam envolvendo
comportamentos ritualísticos ou repetitivos também. Isso tudo
deve ser considerado normal para a faixa etária. Os rituais e as supertições
têm a função de tranqüilizar a criança perante
o que é imprevisível ou incontrolável e se diferenciam
dos sintomas obsessivo-compulsivos por não atrapalharem o desempenho
como os sintomas fazem além de serem mais freqüentes. Para cada
cinco casos de transtorno obsessivo-compulsivo na infância três
são meninos e duas são meninas. Nos adultos há uma ligeira
predominância do sexo feminino.
Comorbidade
A comorbidade é comum sendo os transtornos mais encontrados os tiques,
síndrome de La Tourette, transtornos de conduta ou hiperatividade com
déficit de atenção, além de outros quadros depressivos
ou ansiosos.
Assim um dos critérios necessários para a formulação
do diagnóstico é o prejuízo no desempenho esperado para
idade e circunstâncias de cada criança, além dos próprios
sintomas.
Curso
O início pode ser lento e gradual ou abrupto e repentino; geralmente
é difícil estabelecer a época de início.
Tratamento
O tratamento pode ser feito com clomipramina, fluvoxamina e sertralina. No caso
da clomipramina em doses mais elevadas deve ser feito um acompanhamento cardíaco.
As três medicações inibem os citocromos P450 do fígado
o que pode resultar em interações com medicamentos que atuem sobre
o mesmo sistema, como certos antibióticos.
Última
Atualização: 15-10-2004
Ref. Bibliograf: Liv 02 Liv
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